domingo, 29 de novembro de 2015

Conhecendo um avião

1          Conhecendo o avião
Independentemente de comprar o avião montado, em kit, ou construí-lo você mesmo, é necessário ter pelo menos uma noção de como o avião funciona.
Todo avião, de um aeromodelo a um jato comercial, funciona com os mesmos princípios físicos. Vamos conhecer então suas partes:
É o “corpo” do avião, onde é presa a asa, a cauda, o motor, etc., e dentro da qual são instalados os equipamentos.
A fuselagem normalmente deve ter o mínimo de resistência possível ao ar, por isto os aviões geralmente têm curvas suaves, e no caso dos aeromodelos muitas fuselagens são finíssimas.


É responsável pela sustentação do avião. Basicamente a curvatura da asa faz com que o ar tenha pressão diferente em sua parte de baixo e de cima, empurrando o avião para cima. Isto faz com que o avião suba, e quando está em vôo nivelado, equilibra a gravidade, que tenta fazê-lo descer.

Para diferentes tipos de avião há diferentes tipos de asa, assim um treinador normalmente tem uma asa sem retangular e sem enflechamento, normalmente montada alta e, no caso dos aeromodelos, com “diedro”, para deixar o modelo mais estável.
Em modelos acrobáticos as asas são “simétricas” para permitir o vôo invertido com a mesma estabilidade do vôo normal.
Em planadores as asas são mais longas, para ter alto desempenho, e assim por diante.
A posição da asa também depende muito do objetivo do avião: fazer um aeromodelo
·         Aviões treinadores têm normalmente asa alta por permitir maior campo de visão para baixo, e maior estabilidade;
·         Aviões acrobáticos ou de caça geralmente têm asa média, permitindo maior agilidade e visibilidade para cima e para trás;
·         Jatos, que voam próximo à velocidade do som ou acima dela têm asas enflechadas, pois esta é a condição em que se consegue estabilidade e pouco arrasto em velocidades muito altas;
·         Aviões agrícolas normalmente têm asa baixa para fixar os pulverizadores;

·         Hidroaviões geralmente têm asa alta para deixar os motores mais longe da água.

Figura 1 - Tipos de asas

A maioria dos aviões tem um ângulo na asa, chamado diedro, que permite mais estabilidade, fazendo com que o avião continue voando na horizontal quando se soltam os comandos.
1  Velocidade de estol como fazer um aeromodelo
Uma característica importante de qualquer avião, determinada principalmente pelo peso e pelo formato e tamanho da asa, é a velocidade de stall ou estol.
Ao observar aviões próximos ao aeroporto, por exemplo, percebe-se facilmente que quanto menor a velocidade, maior é o ângulo que as asas precisam ficar em relação à direção do vôo para conseguir sustentação. O avião fica voando “com o nariz para cima” para garantir maior sustentação em baixa velocidade.
Mas todo perfil tem um limite de ângulo até o qual ele funciona, e ao continuar diminuindo a velocidade atinge-se este limite e o ar deixa de acompanhar o perfil e gerar sustentação, portanto a asa “pára de funcionar” (stall é parada em inglês), ou seja, deixa de sustentar o avião, que cai como uma pedra até recuperar velocidade e voltar a voar.
Durante o vôo é sempre importante manter velocidade acima do estol, para evitar reações inesperadas, principalmente em baixa altitude, em que a recuperação é mais difícil.
O uso de ailerons e flaps altera a velocidade de stall, aumentando-a no primeiro caso (já que a ponta da asa estará com maior incidência) e diminuindo-a no segundo caso devido à alteração no perfil.

As superfícies de cauda ou “empenagem” são responsáveis por manter a estabilidade do avião.

O estabilizador horizontal, semelhante a uma asa menor, é responsável por manter a estabilidade no eixo de subir/descer, e possui uma superfície móvel chamada “profundor” que permite ao piloto comandar a subida ou descida do avião.
O estabilizador vertical ou “deriva” é responsável por manter o avião voando em uma linha reta, e possui uma superfície móvel chamada “leme”, que tem a mesma função de um leme de barco ou volante de automóvel.
Alguns modelos usam cauda em V ou outros formatos, que apesar de serem diferentes sempre repetem a atuação dos estabilizadores vertical e horizontal.

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